quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ditadura gay?


Não, não queremos uma ditadura gay. Queremos apenas o final da ditadura da ignorância no nosso país, responsável pelo preconceito e discriminação contra as minorias.
Os ataques homofóbicos ocorridos nas últimas semanas que repercutiram na mídia não são casos isolados. Seria impossível a imprensa relatar as inúmeras agressões que sofrem as pessoas por serem homossexuais, diariamente. Só quem pertence a este grupo, considerado minoritário, sabe que a violência faz parte do cotidiano de milhões de gays no Brasil, seja física, verbal ou psicológica.
Amamentado pelo moralismo religioso, o brasileiro é, naturalmente machista. O padrão estabelecido é difícil de romper. Não haveria necessidade da quebra das normas, se essas não marginalizassem e discriminassem as pessoas que não se encaixam no que foi ditado por um deus, interpretado a conveniência de cada Igreja.
Lendo as opiniões de leitores, no final de cada matéria que aborda o assunto, é difícil não se entristecer. Parece impossível que algum dia, isso terá  fim.
Em uma sociedade democrática, os direitos e deveres devem ser equiparados. Em um país laico, as leis devem garantir os mesmos, sem interferência das religiões.
A aprovação do PLC 122/2006 (para entender o projeto de lei, acesse o site https://www.naohomofobia.com.br/home/index.php, aproveite o ensejo e firme o abaixo-assinado) é imprescindível para dar o primeiro passo para o fim da homofobia. As pessoas que são incapazes de respeitar o próximo por lhe parecer diferente, terão que guardar seus complexos e preconceitos para si mesmas. É inadmissível que qualquer  grupo seja inferiorizado constantemente. Para o Brasil se tornar um país atual e justo, é imprescindível avançar nos direitos humanos e para que isso aconteça, precisamos de leis que respaldem os mesmos.
Exigir respeito não é querer impor uma ditadura. Quem afirma isso é ignorante ou canalha.

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